quinta-feira, 31 de julho de 2008

Perfil Sabrina de Souza por Carla Machado

Futura Jornalista

Sabrina de Souza é uma jovem de 23 anos, aproximadamente 1,60 de altura, magra, cabelos ondulados e com mechas douradas. Ela tem os olhos puxadinhos, mas, garante não ter descendência oriental. Em seu olhar cheio de vida, ela carrega o brilho de esperança natural dos jovens.

Gaúcha, ela nasceu no interior do RS e quando adolescente se mudou para Porto Alegre com sua mãe e o padrasto. Lá, estudou hotelaria. Curso que concluiu no final de 2007. Conseguiu emprego na sua área e trabalhou por meses como recepcionista.

Segundo Sabrina, não foi o que esperava. Para ela, o cargo que ocupava exigia um distanciamento das pessoas, algo que a desagradava. Agora, ela está desempregada.

Você deve estar se perguntando o motivo de Sabrina estar em um grupo de redação formado por jornalistas. Pois bem. A gaúcha diz que tem um dom para a profissão, que não sabe explicar, mas, que sempre se interessou por jornalismo.

Sabrina ficou sabendo por sua mãe, que teria um curso de Redação Criativa no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Ela juntou o desejo, força de vontade e a coragem. Colocou tudo numa mala junto com algumas peças de roupas e objetos pessoais e embarcou para a cidade mais diversificada do Brasil.

Em sampa, Sabrina se instalou na casa de uma amiga da família. E durante seis dias, ela esteve em um grupo de jornalistas, participando das atividades e expondo seus trabalhos para a turma.

Sabrina retornou à sua cidade. Mas, pretende continuar estudando e faz planos de se formar em jornalismo.

Você tem dúvidas sobre o dom de Sabrina?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Perfil Carla Machado por Sabrina de Souza

Entrar pra ganhar

A pergunta foi: -“Você pensa em fazer Jornalismo desde criança?”, como um sonho, como quando lhe perguntam o que vai você vai querer ser quando crescer, e você desde sempre, soube a resposta? “Sim” foi a resposta imediata.

A faculdade de Jornalismo quem financiou não foram os pais, a própria Carla, começou a trabalhar aos 12 anos de idade e foi quem pagou o curso. Saber o que se quer em um mundo cada vez mais globalizado não é fácil, são tantas as informações, propagadas por todas as mídias impressas jornalísticas, como out doors lhe sugerindo uma moda nova, propagandas incentivando o uso de álcool e outras questões; bombardeios de novidades tecnológicas, um novo perfume na linha de cosméticos, tudo isso fascina o jovem e o coloca em conflito na hora de decidir a escolher sobre uma profissão, por exemplo, quando ao sair do colegial o jovem sente – se esmagado pelas inúmeras possibilidades diante de seus novos ‘olhares’, de visão de mundo, que podem ser tantos, desde médico a artista visual e essas inúmeras possibilidades influenciam na decisão sobre o futuro, de que em profissão seguir.

No caso de ser jornalista, é como quando se é possível sentir um super herói, capaz de explorar ao mundo inteiro com palavras as horas estudadas, diante da covardia do mundo dos políticos, diante de ver cada novo fato como uma história capaz de ser relatada com suas múltiplas faces.

É de se admirar quando chegamos à fase adulta em que temos que decidir que profissão seguir e escolher algo que proporcionará prazer... A Carla diz que segue pela linha do ‘jornalismo – repórter’, que é aonde se vai atrás das respostas com as perguntas certas já planejadas como forma de esboçar um rascunho para o trabalho futuro, perguntas certas, e com jeitinho as respostas vem em suas mais variadas formas dando segmento a estrutura do diálogo, com alguma certa experiência na área do jornalismo essa é área que mais lhe apraz.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Perfil Francine Altheman por Fabio Bezerra

Coração Valente

Conheci Francine Altheman durante o curso de redação criativa, talvez, se tivéssemos nos conhecidos num bar, eu teria oferecido um drinque e falado algumas bobagens, pois a moça tem uma atraente beleza espanhola, fada tatuada nas costas, cabelos pretos e brilhantes como aquelas mulheres que fazem comercial de shampoo.

Francine é descendente de italiano por parte da mãe e de alemão pelo lado paterno. Os pais separaram quando tinha dois anos. A pequena viu o pai sair pelo portão de casa e não voltar mais. Imagem que marcou a infância.

Desde cedo percebeu que a vida não é uma propaganda de margarina, um desfile de escola de samba, uma passarela com tapete vermelho estendido, nem muito menos um passeio entre campos ciprestes... a vida é dura, áspera e acre, mas para pessoas determinadas, tais dissabores são jogados para escanteio.

A coragem é uma das mais nobres virtudes do ser humano, e no caso da Francine, é marca registrada. A determinação sempre a levou para onde navegavam seus sonhos.

Natural de Sorocaba decidiu fazer faculdade de jornalismo em Bauru. Quatro anos depois voltou para cidade natal com o diploma embaixo do braço. Como não vislumbrava espaço onde pudesse florescer o aprendizado de jornalista. Estudou, ralou, prestou concurso para trabalhar na assessoria de imprensa num órgão público de São Paulo. Passou, fez as malas e mudou para terra da garoa.

Hoje mora na e arborizada Alameda Jaú, paralela a avenida Paulista, num dos bairros mais requintados da Paulicéia Desvairada. Espero encontrá-la novamente, quem sabe num bar, quando eu estiver com um copo de cerveja e algumas letras do Chico Buarque na cabeça.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Nicholas Rivelli por Rômulo Ferreira

Felicidade no que se faz

Nicolas Rivelli, 26 anos mora na Penha. Formado em jornalismo há um ano e meio, trabalha no Departamento de Marketing da Fundação de Rotarianos de São Paulo. Nicolas trabalhava na Aeronáutica até maio do ano passado como assessor de imprensa, fez segurança pessoal do papa Bento XVI em sua visita ao Brasil e apesar de ganhar bem, não estava realizado no serviço militar. Não tinha horário para entrar nem para sair no trabalho, não podia se programar para fazer atividades pessoais.

Diante de tudo isso, estava decidido a sair da Aeronáutica, mas seus pais não concordavam, pois ele ganhava bem. Nessa situação ele sairia da Aeronáutica para ganhar apenas R$ 500,00 por mês e isso para os pais de Nicolas era um absurdo. Ele então saiu da Aeronáutica e passou a ganhar menos, mas hoje seu salário aumentou, tem estabilidade e é feliz naquilo que faz.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Perfil Tatiana Cavalcanti por Paulo Campo Grande

Como uma pedra rolando

Tatiana Cavalcanti se auto-define como uma pessoa tímida. Mas não é. Entre amigos, ela é a primeira a propor atividades e a expor seu ponto de vista nas discussões. Ela também diz que tem dificuldade de lidar com a tecnologia. Mas não tem. Foi Tatiana quem teve a idéia de criar um blog sobre Redação Criativa e quem, de fato, criou o blog.

Foi assim 'tímida-e-com-medo-de-tecnologia' que Tatiana revolucionou o conteúdo da revista Mirantte, onde trabalha. “Eu não queria fazer uma revista cheia de números como a Mirantte sempre foi, por isso, resolvi colocar umas matérias mais interessantes”, conta. Ao lado dos assuntos tradicionais, que foram mantidos, os leitores passaram a encontrar temas diversificados, como uma pauta sobre o compositor alemão Ludwig Van Beethoven, por exemplo. “Deu certo, as pessoas começaram a procurar a revista e a tiragem dobrou”, comemora.

Tatiana fez jornalismo na São Judas e arranjou um emprego no Diário de S. Paulo, antes mesmo de se formar. Trabalhou durante dois anos, mas, quando viu que as coisas não andavam muito boas (o jornal passou por mudanças, com muitas demissões), decidiu sair e passar seis meses viajando pelos Estados Unidos, Canadá, México e Cuba. Quando voltou, foi trabalhar em uma assessoria de imprensa, mas não gostou. Saiu. Decidiu, então, usar seus conhecimentos de inglês para arrumar um emprego, enquanto não surgia nada na área de jornalismo. Passou dois anos dando aulas. Até que, no ano passado, entrou para a agência de revistas corporativas que edita a Mirantte.

Agora que voltou para o jornalismo, Tatiana não quer mais sair. Quando fala de seus planos profissionais ela se empolga e seus olhos brilham como se estivessem diante do Mick Jaeger, vocalista do grupo de rock Rolling Stones, outra de suas grandes paixões nesta vida.

Perfil Amanda Polato por Leila Rodrigues

Inúmeras paixões de uma jornalista

Arte não dá dinheiro! Foi a primeira coisa que Amanda ouviu da boca do pai ao falar sobre a possibilidade de prestar vestibular para o curso de Artes. Não que fosse algo que ela quisesse muito, mas estava na sua cesta de opções junto com Jornalismo, esta sim a profissão que, desde pequena, atraía a sua curiosidade.

“Menina, ainda, olhava para aquelas colunas certinhas e pensava como as palavras se encaixavam tão bem naqueles espaços. A possibilidade de viajar, conhecer lugares e ter contato com pessoas diferentes era outra coisa que me encantava na profissão”, recorda Amanda, com um certo brilho no olhar.

Assim foi feito. A inscrição na USP para Jornalismo e na Unicamp optou por artes plásticas. Conseguiu na USP e pensando na família, na distância e nas despesas, não compareceu nas provas da 2ª fase da Universidade em Campinas.

Amanda como qualquer jovem tem várias paixões e, diferentemente da maioria deles sempre teve, como se costuma dizer “o pé no chão”, conhecedora das limitações financeiras da família. Estudou em escola pública e, paralelamente com o colegial, cursou Mecânica Industrial na escola técnica. Na sua cabeça, a idéia era terminar o colégio com uma profissão. “É óbvio que o curso não tinha nada a ver comigo e me lembro bem que fiz amizade com um colega de classe que também se sentia fora do contexto.” As conversas filosóficas com o Rômulo eram bem profundas, conta rindo Amanda, comprovando que não enveredaria, definitivamente, pelas “rebimbocas da parafuseta”.

O Jornalismo venceu, mas, creio, que por pouco tempo. Amanda Polato tem vontade de fazer História e o vestibular já esta nos seus planos deste ano, quando termina o curso de jornalismo na USP. Pergunto a ela como ela se vê daqui a alguns anos. Sem pestanejar, agora com um olhar muito mais brilhante, responde:

_ Daqui a uns 20 anos me enxergo como uma grande pesquisadora na área de História.

Então, neste exato momento da entrevista, percebi que iremos perder uma grande jornalista.

Perfil Fabio Bezerra por Francine Altheman

Fábio Bezerra – jornalista, homem, companheiro e fiel (segundo ele mesmo!)

Inspirado por um herói, decidiu ser transgressor, viver na terceira margem do rio... desde criança seu modelo foi Peter Parker, o Homem-Aranha. Quando começou a perceber que não tinha os super poderes do ídolo, que escalar paredes estava cada vez mais difícil, decidiu ser a outra face do herói... o jornalista!

E como Peter Parker, ao se formar, só conseguiu empregos escrotos... a realização do sonho se tornou um revés. Vendendo... limpando ar-condicionado... operando telemarketing... na portaria do puteiro... no sentido literal e figurado.

Por que seu tio lhe influenciou tanto a gostar de arte, de teatro, de leituras? Para ser jornalista. Para ser transgressor. Para ser contramão. Do tio herdou também a coleção da Revista Realidade... grande influência.

Franciscano, vive com pouco... boêmio, vive na noite... culto, vive entre artes... urbano, não troca uma caminhada pela Avenida Paulista por uma caminhada a beira-mar, mesmo que esse mar seja na Barra da Tijuca.

Quatro anos depois de formado, finalmente, consegue um emprego na área... uma rede de jornais de bairro de São Paulo. Mas o mercado de trabalho desigual, as qualificações profissionais sempre exigidas, a competição desenfreada ainda são vilões. Sempre são.
Mas nada disso impede que ele vá, todo domingo, comer pastel na feira... “As pessoas levam o mundo muito a sério, menos eu”.